Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 43
Filter
1.
Article in English | LILACS | ID: biblio-1438286

ABSTRACT

OBJECTIVE: To investigate the use of sedatives by older adults attending a private outpatient geriatric clinic in Belo Horizonte (MG), Brazil, and its association with falls and hip fractures. METHODS: Using a longitudinal design, the prevalence of benzodiazepine and nonbenzodiazepine ("z-drugs") intake by older adults was described and their association with the incidence of falls and fractures (30 days after the initial visit) was evaluated through logistic regression. RESULTS: A total of 7821 older adults were included in the study, most of them women (72.50%), with a mean age of 77.5 years and a mean Clinical-Functional Vulnerability Index (IVCF-20) score of 16.5. The overall prevalence of sedative use (any sedative) was 6.19%, with 4.48% benzodiazepines and 1.98% z-drugs. The most widely used sedatives were clonazepam (29.04%), zolpidem (28.65%), and alprazolam (23.44%). Falls were reported for 182 patients (2.33%), with a higher incidence among users of any sedatives (4.34; p = 0.002; OR = 1.94, adjusted for sex, age, and IVCF-20) and benzodiazepines (5.14%; p < 0.001; OR = 2.28) than among non-users (2.19%). Hip fractures occurred in 33 patients (0.42%), and again were more frequent among users of sedatives (1.03%; p = 0.032; OR = 2.57) and benzodiazepines (1.43%; p = 0.003; OR = 3.45) than among non-users (0.38%). CONCLUSIONS: The use of sedatives, especially benzodiazepines, is associated with an increased incidence of falls and hip fractures in older adults


OBJETIVO: Investigar a utilização de sedativos entre idosos atendidos em ambulatório privado de geriatria em Belo Horizonte (MG), bem como sua associação com quedas e fraturas de fêmur. METODOLOGIA: Trata-se de estudo longitudinal, no qual foi descrita a prevalência de uso de benzodiazepínicos e drogas Z entre idosos (60 anos ou mais) e avaliada sua associação com a incidência de queda e fratura (30 dias após consulta inicial) por meio de regressão logística. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 7821 idosos, com maioria feminina (72,50%), idade média de 77,5 anos e Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20) médio de 16,5 pontos. A prevalência de uso de sedativos em geral foi de 6,19%, sendo 4,48% de benzodiazepínicos e 1,98% de drogas Z. Os medicamentos sedativos mais utilizados foram clonazepam (29,04%), zolpidem (28,65%) e alprazolam (23,44%). Relatou-se queda para 182 idosos (2,33%), com incidência maior entre usuários de sedativos (4,34; p = 0,002; OR = 1,94 ajustada por sexo, idade e IVCF-20) e de benzodiazepínicos (5,14%; p < 0,001; OR = 2,28) do que entre não usuários (2,19%). Identificou-se fratura de fêmur em 33 idosos (0,42%), sendo mais frequente entre usuários de sedativos (1,03%; p = 0,032; OR = 2,57) e de benzodiazepínicos (1,43%; p = 0,003; OR = 3,45) do que entre não usuários (0,38%). CONCLUSÃO: Concluiu-se que a incidência de quedas e fraturas de fêmur em idosos possui associação com o uso de medicamentos sedativos, em especial os benzodiazepínicos


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Aged , Benzodiazepines/administration & dosage , Accidental Falls , Femoral Fractures/drug therapy , Health Services for the Aged , Hypnotics and Sedatives/administration & dosage , Longitudinal Studies
2.
Cad. saúde colet., (Rio J.) ; 30(1): 135-145, jan.-mar. 2022. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1384313

ABSTRACT

Resumo Introdução As internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) têm sido utilizadas como um indicador do acesso à atenção primária e de monitoramento do seu desempenho. Objetivo Analisar a tendência de comportamento das ICSAP entre idosos de Minas Gerais, Brasil, de 2010 a 2015. Método Estudo ecológico utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS), referentes a hospitalizações de idosos entre 60 e 79 anos. Foram calculadas as taxas de ICSAP global por causa e regiões administrativas de saúde. Resultados Foram analisadas 126.757 ICSAP ocorridas no período (8,8% do total de internações pelo SUS). A taxa global diminuiu de 10,4 para 9,4 (por 1.000). Entre as causas de internação analisadas, foi observada redução nas taxas de internação por hipertensão, deficiências nutricionais e gastroenterites infecciosas, mas foi constatado aumento da taxa de internação por infecção do rim e trato urinário. As taxas variaram ainda em função das regiões de saúde, sendo que regiões com baixa densidade populacional, PIB per capita mais baixo e pior infraestrutura sanitária apresentaram taxas mais elevadas. Conclusão A variação do indicador entre as regionais de saúde pode refletir disparidades socioeconômicas, de organização e oferta de serviços de saúde. A elevação das taxas de internação por algumas condições sensíveis à atenção primária pode indicar a necessidade de os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) aumentarem os esforços para o cuidado da pessoa idosa que sofre a comorbidade com mais frequência.


Abstract Background Hospitalizations due to Ambulatory Care Sensitive Conditions (ACSC) have been used as an indicator of access to primary care and monitoring of its performance. Objective To analyze the behavioral trend of ACSC among elderly in Minas Gerais, Brazil, from 2010 to 2015. Method Ecological study based on data from the Hospital Information System (SIH) of the Unified Health System (SUS), concerning the hospitalization of the elderly aged 60-79 years. ACSC rates were calculated, global, specific by ACSC and by health administrative region. Results A total of 126,757 ACSC occurred in the period (8.8% of all hospitalizations by SUS). The overall rate decreased from 10.4 to 9.4 (p /1,000). The causes of hospitalization showed a reduction in the risk of hospitalization for hypertension, nutritional deficiencies, and infectious gastroenteritis, but increased the risk of hospitalization for kidney and urinary tract infection. The ACSC rates also varied according to the health regions: regions with low population density, lower per capita GDP and worse health infrastructure showed higher rates. Conclusion The variation of the indicator among health regions may reflect socioeconomic disparities and the organization and supply of health services. Raising inpatient rates for some of the ACSC may indicate the need for PHC services to increase efforts to care for the elderly who suffer from comorbidity more often.

3.
Rev. bras. epidemiol ; 25(supl.2): e220012, 2022. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1407543

ABSTRACT

ABSTRACT: Objective: To describe the consumption of psychotropic drugs in the adult population residing in Brumadinho, Minas Gerais, after the Vale dam collapse, which occurred in 2019. Methods: This is a cross-sectional study, part of the Brumadinho Health Project, developed in 2021, with a representative population-based sample of adults (18 years and over) residing in Brumadinho. A total of 2,805 adults with information on self-reported use of psychotropic drugs (antidepressants and anxiolytics-hypnotics/sedatives) in the last 15 days were included in the analysis. The prevalence of psychotropic drug use was estimated, and the most used psychotropic drugs were identified. Pearson's chi-square test (with Rao-Scott correction) was used to test associations between exposures and use of psychotropic drugs, considering a significance level of p<0.05. Results: The use of antidepressants (14.2%) was more common than the use of anxiolytics or hypnotics/sedatives (5.2%), with sertraline and fluoxetine being the most used antidepressants. The use of anxiolytics and hypnotics/sedatives was higher among residents who lived in the area directly affected by the dam's mud, and the use of any psychotropic drug was higher among those who lost a relative/friend in the disaster and assessed that their health worsened after the disaster, and among women. Conclusion: The results of the study corroborate what was observed in other populations exposed to similar tragedies, regarding the pattern of associations and the of use of psychotropic drugs.


RESUMO: Objetivo: Descrever o consumo de psicofármacos pela população adulta residente em Brumadinho, Minas Gerais, após o rompimento da barragem da Vale, ocorrido em 2019. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, inserido no Projeto Saúde Brumadinho, desenvolvido em 2021, junto a uma amostra representativa da população adulta (18 anos ou mais) residente no município de mesmo nome. Foram incluídos na análise 2.805 indivíduos com informações sobre o uso autorreferido de psicofármacos (antidepressivos e ansiolíticos-hipnóticos/sedativos) nos últimos 15 dias. A prevalência do uso de psicofármacos foi estimada e os psicofármacos mais utilizados foram identificados. O teste do qui-quadrado de Pearson (com correção de Rao-Scott) foi utilizado para testar as associações entre exposições e o uso de psicofármacos, considerando-se o nível de significância de p<0,05. Resultados: O uso de antidepressivos (14,2%) foi mais comum do que o uso de ansiolíticos ou hipnóticos/sedativos (5,2%), sendo a sertralina e a fluoxetina os antidepressivos mais utilizados. O uso de ansiolíticos e hipnóticos/sedativos foi maior entre os moradores que residiam em área diretamente atingida pela lama da barragem, e o uso de algum psicofármaco foi maior entre aqueles que perderam algum parente/amigo no desastre e que avaliaram que sua saúde piorou após o desastre bem como entre mulheres. Conclusão: Os resultados do estudo corroboram o observado em outras populações expostas a tragédias semelhantes no que concerne às associações identificadas e ao padrão de utilização desses psicofármacos.

4.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 25(12): 4853-4862, Dec. 2020. tab, graf
Article in English, Portuguese | SES-SP, ColecionaSUS, LILACS | ID: biblio-1142729

ABSTRACT

Resumo O presente trabalho analisou o perfil das publicações relacionadas à saúde do idoso no periódico Ciência & Saúde Coletiva, em termos de sua evolução quantitativa, abordagem metodológica, temática e instituições envolvidas. A seleção dos artigos considerou o título, resumo e descritores e cobriu todo o conteúdo publicado entre 1996 e 2019. Os artigos incluídos foram classificados quanto ao ano de publicação, tipo, temática, abordagem metodológica e vínculo institucional do primeiro autor. A análise dos dados baseou-se em frequências absolutas e relativas, além de medidas-síntese (média) e de variabilidade (desvio-padrão). Os resultados mostraram um consistente crescimento das publicações acerca da saúde do idoso na Ciência & Saúde Coletiva, com predominância da abordagem quantitativa, voltada majoritariamente para a investigação de temática relacionada às condições de saúde e ao uso de serviços e insumos de saúde. Na maior parte deles, o autor principal era vinculado a uma instituição de ensino/pesquisa de caráter público, localizada na região Sudeste. Os resultados indicam que o periódico tem contribuído para dar uma maior visibilidade à saúde do idoso, mas que as publicações sobre esse tema reproduzem a desigualdade vista na produção científica nacional.


Abstract The present study analyzed the profile of publications related to the health of the older adults in the Journal Ciência & Saúde Coletiva, in terms of quantitative evolution, methodological approach, thematic and institutions involved. The selection of articles considered the title, abstract and descriptors and covered all the content published between 1996 and 2019. The articles included were classified according to the year of publication, type, theme, methodological approach and institutional link of the first author. Data analysis was based on absolute and relative frequencies, in addition to summary (mean) and variability (standard deviation) measures. The results showed a consistent increase in publications on the health of the older adults in the Journal Ciência & Saúde Coletiva, with a predominance of the quantitative approach, mainly focused on investigating the topic related to health conditions and the use of health services and supplies. In the majority, the main author was linked to a public teaching/research institution, located in the Southeast region. The results indicate that the journal contributed to give greater visibility to the health of the older adults, but that the publications on this theme reproduce the inequality observed in the national scientific production.


Subject(s)
Humans , Aged , Research Design , Public Health , Data Analysis , Health Facilities
5.
Rev. bras. epidemiol ; 23: e200029, 2020. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1101578

ABSTRACT

RESUMO: Introdução: Os benzodiazepínicos são os psicofármacos mais utilizados globalmente, apesar dos riscos associados ao seu uso prolongado, especialmente entre os idosos. Objetivo: O estudo teve como objetivo investigar a tendência do uso de benzodiazepínicos entre idosos mais velhos (75 anos ou mais) residentes em comunidade. Métodos: Trata-se de um estudo realizado com idosos com idades entre 75 e 89 anos, integrantes da linha base (em 1997) e sobreviventes (em 2012) da coorte idosa do Projeto Bambuí. A prevalência do uso de benzodiazepínicos foi estimada separadamente para cada ano, e a comparação entre elas foi realizada por meio de regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: A prevalência do uso de benzodiazepínicos foi maior em 2012 (33,9%) em comparação a 1997 (24,9%). Após o ajuste múltiplo, a diferença de prevalências não permaneceu significativa na população total de estudo (razão de prevalência (RP) = 1,25; intervalo de confiança de 95% (IC95%) 0,99 - 1,60), diferentemente do observado no estrato feminino (RP = 1,38; IC95% 1,04 - 1,84). O clonazepam foi o medicamento que apresentou o mais forte crescimento (RP = 4,94; IC95% 2,54 - 9,62) entre os dois anos. Conclusão: O presente estudo evidenciou um importante aumento no uso de benzodiazepínicos em uma população idosa mais velha. Esses resultados preocupam, pois são medicamentos contraindicados para idosos, especialmente se utilizados cronicamente, e estão disponíveis na relação nacional de medicamentos essenciais. Os profissionais de saúde devem estar atentos para os riscos envolvidos no seu uso por essa população.


ABSTRACT: Background: Benzodiazepines are the most widely used psychoactive drugs, despite the risks associated with their prolonged use, especially among older adults. Objective: To investigate the use of benzodiazepines among community-dwelling people aged ≥ 75 years. Methods: The study was conducted among members of the baseline (in 1997) and survivors (in 2012) of the Bambuí Project cohort. The prevalence of benzodiazepine use was estimated separately for each year, and the comparison between them was performed using the Poisson regression model with robust variance. Results: The prevalence of benzodiazepine use was higher in 2012 (33.9%) compared to 1997 (24.9%). After multiple adjustments, the difference in prevalence did not remain significant in study population (PR = 1.25; 95%CI 0.99 - 1.60), unlike that observed in the female stratum (PR = 1.38; 95%CI 1.04 - 1.84). Clonazepam was the strongest-growing drug between the two years (PR = 4.94; 95%CI 2.54 - 9.62). Conclusion: This study showed an important increase in benzodiazepine use in an older adult population. These results are concerning as these drugs are contraindicated for use in older adults, mainly if used chronically, and are available in the national list of essential medicines. Health professionals should be aware of the risks involved in its use regarding this population.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged, 80 and over , Psychotropic Drugs/therapeutic use , Benzodiazepines/therapeutic use , Drug Utilization/statistics & numerical data , Independent Living/statistics & numerical data , Time Factors , Brazil , Multivariate Analysis , Risk Factors , Cohort Studies , Sex Distribution , Age Distribution , Income
6.
Rev. saúde pública (Online) ; 53: 21, jan. 2019. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-985834

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE: Investigate whether the use of psychoactive drugs would be a predictor of incidence of functional disability among seniors living in community. METHODS: It is a population-based longitudinal study, developed between January 1, 1997 and December 31, 2011, with older adults living in community. The association between the use of psychoactive drugs and the development of functional disability for instrumental (IADLs) and basic (BADLs) activities of daily living was tested using the extended Cox proportional hazards model, which considers the measure of exposure of interest throughout the follow-up period. The analyses were stratified by sex and adjusted by sociodemographic characteristics, health behavior and health conditions. RESULTS: After multivariate adjustment, the use of two or more psychoactive drugs in the female stratum was associated with disability for both IADLs (HR = 1.58; 95%CI 1.17-2.13) and BADLs (HR = 1.43; 95%CI 1.05-1.94), the use of benzodiazepines was associated with disability for IADLs (HR = 1.32; 95%CI 1.07-1.62), and the use of antidepressants was associated with disability for both IADLs (HR = 1.51; 95%CI 1.16-1.98) and BADLs (HR = 1.44; 95%CI 1.10-1.90). In the male stratum, the use of antipsychotics was associated with disability for IADLs (HR = 3.14; 95%CI 1.49-6.59). CONCLUSIONS: The study showed a prospective association between the use of psychoactive drugs and functional disability. These results indicate the need to carefully assess the prescription of psychoactive drugs for older adults and monitor their usage in order to detect damages to the health of users.


RESUMO OBJETIVO: Investigar se o uso de psicofármacos seria um preditor da incidência de incapacidade funcional entre idosos residentes em comunidade. MÉTODOS: Trata-se de um estudo longitudinal de base populacional, desenvolvido entre primeiro de janeiro de 1997 e 31 de dezembro de 2011, junto a idosos residentes em comunidade. A associação entre o uso de psicofármacos e o desenvolvimento de incapacidade funcional para atividades instrumentais (AIVD) e básicas (ABVD) de vida diária foi testada por meio do modelo de riscos proporcionais de Cox estendido, que considera a medida da exposição de interesse ao longo de todo o tempo de seguimento. As análises foram estratificadas por sexo e ajustadas por características sociodemográficas, comportamento em saúde e condições de saúde. RESULTADOS: Após ajuste multivariado, no estrato feminino o uso de dois ou mais psicofármacos foi associado à incapacidade tanto para AIVD (HR = 1,58; IC95% 1,17-2,13) quanto para ABVD (HR = 1,43; IC95% 1,05-1,94), o uso de benzodiazepínicos se manteve associado à incapacidade para AIVD (HR = 1,32; IC95% 1,07-1,62) e o uso de antidepressivos se manteve associado à incapacidade, tanto para AIVD (HR = 1,51; IC95% 1,16-1,98) quanto para ABVD (HR = 1,44; IC95% 1,10-1,90). No estrato masculino, o uso de antipsicóticos foi associado à incapacidade para AIVD (HR = 3,14; IC95% 1,49-6,59). CONCLUSÕES: O estudo evidenciou uma associação prospectiva entre o uso de psicofármacos e a incapacidade funcional. Esses resultados indicam a necessidade de avaliar cuidadosamente a prescrição de psicofármacos para idosos e monitorar o seu uso, buscando detectar prejuízos à saúde dos seus usuários.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged, 80 and over , Psychotropic Drugs/adverse effects , Activities of Daily Living , Geriatric Assessment , Disabled Persons , Cognitive Dysfunction/chemically induced , Socioeconomic Factors , Incidence , Cohort Studies , Longitudinal Studies , Middle Aged
7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(7): e00091018, 2019. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1011714

ABSTRACT

Resumo: O objetivo foi quantificar a contribuição de comportamentos em saúde selecionados para a prevalência do controle da hipertensão junto a adultos brasileiros com 50 ou mais anos de idade. Foram analisados os dados do ELSI-Brasil. Foram incluídos, no estudo, 4.318 indivíduos com 50 anos ou mais, que relataram ter recebido diagnóstico médico de hipertensão arterial e faziam tratamento medicamentoso para ela. Os comportamentos em saúde selecionados foram: prática de atividade física, adoção de dieta saudável, não consumir de forma excessiva bebida alcoólica e nunca ter fumado. A contribuição de cada comportamento em saúde estudado para a prevalência do controle da hipertensão arterial foi estimada pelo método da atribuição, por meio do ajuste do Modelo Binomial de Riscos Aditivos, estratificado por sexo. A prevalência do controle da hipertensão foi de 50,7% (IC95%: 48,2; 53,1). De maneira geral, os comportamentos em saúde tiveram uma maior contribuição para o controle da hipertensão nas mulheres (66,3%) do que nos homens (36,2%). O consumo moderado de álcool foi o que mais contribuiu em ambos os sexos (52,7% em mulheres; 19% em homens), sendo destacada a sua contribuição para as mulheres. A prática de atividade contribuiu com 12,6% em mulheres e 10,7% em homens. Os demais comportamentos apresentaram maior relevância entre os homens: nunca ter fumado (3,4%) e consumo regular de verduras, legumes e frutas (3,1%). Esses resultados reforçam a necessidade de medidas que promovam a adoção de comportamentos saudáveis entre hipertensos para reduzir os níveis pressóricos, melhorar o efeito dos anti-hipertensivos e diminuir o risco cardiovascular.


Resumen: El objetivo fue cuantificar la contribución de comportamientos de salud, seleccionados para la prevalencia del control de la hipertensión, entre adultos brasileños con 50 o más años de edad. Se analizaron los datos de ELSI-Brasil. Se incluyeron en el estudio a 4.318 individuos, con 50 años o más, que informaron haber recibido un diagnóstico médico de hipertensión arterial y contaban con un tratamiento médico para la misma. Los comportamientos de salud seleccionados fueron: práctica de actividad física, adopción de una dieta saludable, no consumir de forma excesiva bebidas alcohólicas y no haber fumado nunca. La contribución de cada comportamiento de salud estudiado para la prevalencia del control de la hipertensión arterial se estimó mediante el método de la atribución, a través del ajuste del modelo binomial de riesgos añadidos, estratificado por sexo. La prevalencia del control de la hipertensión fue de un 50,7% (IC95%: 48,2; 53,1). De manera general, los comportamientos de salud tuvieron una mayor contribución para el control de la hipertensión en las mujeres (66,3%) que en los hombres (36,2%). El consumo moderado de alcohol fue lo que más contribuyó en ambos sexos (52,7% en mujeres; 19% en hombres), siendo destacada su contribución en el caso de las mujeres. La práctica de actividad contribuyó con un 12,6% en mujeres y un 10,7% en hombres. Los demás comportamientos presentaron mayor relevancia entre los hombres: no haber fumado nunca (3,4%) y consumo regular de verduras, legumbres y frutas (3,1%). Esos resultados refuerzan la necesidad de medidas que promuevan la adopción de comportamientos saludables entre hipertensos para reducir los niveles presóricos, mejorar el efecto de los antihipertensivos y disminuir el riesgo cardiovascular.


Abstract: This study aimed to measure the contribution of selected health behaviors to the prevalence of hypertension control in Brazilian adults 50 years or older, based on data from the ELSI-Brasil study. The study included 4,318 individuals 50 years or older who reported having received a medical diagnosis of hypertension and were taking antihypertensive medication. The selected health behaviors were: physical activity, healthy diet, not consuming excessive alcohol, and never having smoked. The contribution of each health behavior to prevalence of hypertension control was estimated by the attribution method, via adjustment of the binomial additive hazards model, stratified by sex. Prevalence of hypertension control was 50.7% (95%CI: 48.2; 53.1). Overall, health behaviors made a larger contribution to hypertension control in women (66.3%) than in men (36.2%). Moderate alcohol consumption made the largest contribution in both sexes, but particularly in women (52.7% in women versus 19% in men). Physical activity contributed 12.6% in women and 10.7% in men. The other behaviors were more relevant in men: never having smoked (3.4%) and regular consumption of vegetables, legumes, and fruits (3.1%). These results underline the need for measures to promote the adoption of healthy behaviors by hypertensive individuals to reduce blood pressure levels, improve the effectiveness of antihypertensive medication, and decrease their cardiovascular risk.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Health Behavior , Health Surveys/statistics & numerical data , Hypertension/prevention & control , Vegetables , Brazil/epidemiology , Alcohol Drinking/psychology , Exercise/psychology , Geriatric Assessment , Sex Factors , Prevalence , Longitudinal Studies , Feeding Behavior/psychology , Tobacco Smoking/psychology , Fruit , Hypertension/psychology , Hypertension/epidemiology , Fabaceae , Middle Aged
8.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(2): e00056418, 2019. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-984131

ABSTRACT

Resumo: O objetivo do estudo foi verificar se o capital social seria um preditor da mortalidade por todas as causas entre idosos brasileiros residentes em comunidade. Participaram 935 idosos sobreviventes da coorte idosa do Projeto Bambuí em 2004, que foram acompanhados até 2011. O desfecho foi a mortalidade por todas as causas e a exposição de interesse foi o capital social, mensurado em seus dois componentes, o cognitivo (coesão social e o suporte social) e o estrutural (participação social e satisfação com a vizinhança). Variáveis sociodemográficas, de condições de saúde e tabagismo foram incluídas na análise para o propósito de ajuste. A análise dos dados baseou-se no modelo dos riscos proporcionais de Cox, que fornece hazard ratios (HR) e intervalos de 95% de confiança (IC95%). O componente estrutural do capital social, na dimensão da participação social, foi o único independentemente associado à mortalidade: os idosos que não participavam de grupos sociais ou associações apresentaram um risco de morte duas vezes maior (HR = 2,28; IC95%: 1,49-3,49) que suas contrapartes. Os resultados desta investigação evidenciam a necessidade de estender as intervenções direcionadas à promoção da longevidade para além do campo específico de atuação da saúde, voltando-se também para características ambientais e sociais.


Resumen: El objetivo del estudio fue verificar si el capital social sería un predictor de la mortalidad por todas las causas entre ancianos brasileños residentes en comunidades. Participaron 935 ancianos, supervivientes de la cohorte de ancianos del Proyecto Bambuí en 2004, a quienes se les realizó un seguimiento hasta 2011. El desenlace fue la mortalidad por todas las causas y la exposición de interés fue el capital social, medido en sus dos componentes, el cognitivo (cohesión social y apoyo social) y el estructural (participación social y satisfacción con el vecindario). Las variables sociodemográficas, de condiciones de salud, el tabaquismo, se incluyeron en el análisis para el propósito de ajuste. El análisis de los datos se basó en el modelo de riesgos proporcionales de Cox, que proporciona hazard ratios (HR) e intervalos de 95% de confianza (IC95%). El componente estructural del capital social, en su dimensión de la participación social, fue el único independientemente asociado a la mortalidad: los ancianos que no participaban en grupos sociales o asociaciones presentaron un riesgo de muerte dos veces mayor (HR = 2,28; IC95%: 1,49-3,49) que sus contrapartes. Los resultados de esta investigación evidencian la necesidad de extender las intervenciones dirigidas a la promoción de la longevidad hacia más allá del campo específico de actuación de la salud, dirigiéndose también hacia características ambientales y sociales.


Abstract: The aim of this study was to verify whether social capital is a predictor of all-cause mortality in community-dwelling elderly Brazilians. Participation included 935 surviving elderly from the elderly cohort of the Bambui Project in 2004, who were followed until 2011. The outcome was all-cause mortality and the exposure of interest was social capital, measured in its two components, cognitive (social cohesion and social support) and structural (social participation and neighborhood satisfaction). Sociodemographic variables, health conditions, and smoking were included in the analysis for adjustment purposes. Data analysis was based on the Cox proportional hazards model, providing hazard ratios (HR) and 95% confidence intervals (95%CI). The social participation dimension of social capital's structural component was the only dimension independently associated with mortality: elderly Brazilians that did not participate in social groups or associations showed a two-fold higher risk of death (HR = 2.28; 95%CI: 1.49-3.49) compared to their peers. The study's results reveal the need to extend interventions beyond the specific field of health in order to promote longevity, focusing on environmental and social characteristics.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged, 80 and over , Social Support , Mortality , Disabled Persons/statistics & numerical data , Social Capital , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Proportional Hazards Models , Survival Analysis , Surveys and Questionnaires , Longitudinal Studies , Cause of Death
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 23(3): 963-971, Mar. 2018. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-890556

ABSTRACT

Abstract The purpose of the study was to investigate whether religiousness and social support were associated with the use of antidepressants among community-dwelling elders. The research involved 1,606 older adults who make up the cohort of Bambuí Project, a study on ageing and health. The dependent variable was the use of antidepressants in the last 90 days, and the exposures of interest were social support and religiousness. Logistic regression was used to test the associations and to estimate crude and adjusted Odds Ratio and their 95% confidence intervals. The chances of use of antidepressants were significantly lower among older people with higher level of religiosity (OR = 0.45; 95% CI: 0.29 to 0.70), but none of the descriptors social support was associated with the event. In this population, it is possible that religion occupies a prominent role in the arsenal of health problems coping strategies, especially mental. Health professionals attending this particular segment of the population (elderly people with depressive disorders) should consider religiousness of patients when the proposed guidelines and treatment in coping with their mental suffering.


Resumo O propósito do estudo foi investigar se a religiosidade e o suporte social estariam associados ao uso de antidepressivos entre idosos residentes em comunidade. A investigação envolveu 1.606 integrantes da coorte idosa do Projeto Bambuí, um estudo longitudinal sobre envelhecimento e saúde. A variável dependente foi o uso de antidepressivos nos últimos 90 dias, e as exposições de interesse foram suporte social e religiosidade. As hipóteses de associação foram testadas por meio de regressão logística multivariada, que incluiu características sociodemográficas, condições de saúde e uso de serviços de saúde como potenciais fatores de confusão. As chances de utilização de antidepressivos foram significativamente menores entre os idosos com nível mais elevado de religiosidade (OR = 0,45; IC95%: 0,29-0,7), mas nenhum dos descritores de suporte social mostrou-se associado ao evento. É possível que, nessa população, a religiosidade ocupe um lugar de destaque no arsenal de estratégias de enfrentamento de problemas de saúde, especialmente os mentais. Profissionais de saúde que atendem este segmento específico da população (idosos com transtornos depressivos) devem considerar a religiosidade dos pacientes quando das orientações e tratamento propostos no enfrentamento do seu sofrimento mental.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Religion , Social Support , Depressive Disorder/drug therapy , Antidepressive Agents/therapeutic use , Aging , Adaptation, Psychological , Logistic Models , Middle Aged
10.
Rev. saúde pública (Online) ; 52(supl.2): 13s, 2018. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-979044

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the prevalence of adequate control of hypertension among older adults and to examine its association with predisposing and enabling factors and the need to use health services. METHODS The analysis was carried out with 4,148 participants (≥ 50 years) from the baseline of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), who reported being hypertensive and using antihypertensive medication. Adequate control of hypertension was defined as systolic and diastolic blood pressure below 140 mmHg and 90 mmHg, respectively. The following exploratory variables were included: age, sex, health behaviors, and body mass index (predisposing factors); region of residence, rural or urban residence, education level, socioeconomic status of the household, and coverage by private health plan (enabling factors); and medical diagnosis of diabetes (need). The multivariate analysis was performed using Poisson regression and binary logistic regression. RESULTS The prevalence of adequate control of hypertension was equal to 51.1% (95%CI 48.5-53.6). After adjusting for potential confounders, we observed statistically significant associations (p < 0.05) for education level > 4 years [prevalence ratio (PR) = 1.12 in relation to the lowest level], highest quintile of the socioeconomic status (PR = 1.22 in relation to the lowest quintile), coverage by private health plan (PR = 1.13), residence in the South (PR = 1.19) and Midwest regions (PR = 1.20) in relation to the Southeast region, and obesity (PR = 1.10). CONCLUSIONS Half of the population studied had adequate control of hypertension. The improvement of this control is an important challenge, which should consider overcoming social and regional inequalities associated with it.


RESUMO OBJETIVO Estimar a prevalência do controle adequado da hipertensão arterial sistêmica entre adultos mais velhos e examinar a sua associação com fatores predisponentes, facilitadores e de necessidade para o uso de serviços de saúde. MÉTODOS A análise foi conduzida em 4.148 participantes (≥ 50 anos) da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), que informaram ser hipertensos e estar em uso de medicação anti-hipertensiva. O controle adequado da hipertensão arterial foi definido pela pressão sistólica e diastólica inferior a 140 mmHg e 90 mmHg, respectivamente. As variáveis exploratórias incluíram: idade, sexo, comportamentos em saúde e índice de massa corporal (fatores predisponentes); macrorregião de residência, residência rural ou urbana, escolaridade, situação socioeconômica do domicílio e cobertura por plano privado de saúde (fatores facilitadores); diagnóstico médico para diabetes (fator de necessidade). A análise multivariada foi feita por meio da regressão de Poisson e regressão logística binária. RESULTADOS A prevalência do controle adequado da hipertensão arterial foi igual a 51,1% (IC95% 48,5-53,6). Após ajustes por potenciais variáveis de confusão, associações estatisticamente significativas (p < 0,05) foram observadas para escolaridade > 4 anos [razão de prevalência (RP) = 1,12 em relação ao nível inferior], quintil superior do nível socioeconômico (RP = 1,22 em relação ao quintil mais baixo), cobertura por plano privado de saúde (RP = 1,13), residência nas regiões Sul (RP = 1,19) e Centro-Oeste (RP = 1,20) em relação à região Sudeste, e obesidade (RP = 1,10). CONCLUSÕES Metade da população estudada apresentou controle adequado da hipertensão arterial. A melhora desse controle é um importante desafio, que deve considerar a superação das desigualdades sociais e regionais a ele associadas.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Hypertension/prevention & control , Socioeconomic Factors , Brazil , Poisson Distribution , Longitudinal Studies
11.
Rev. saúde pública (Online) ; 52(supl.2): 5s, 2018. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-979038

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the prevalence of the practice of physical activity (PA) among older Brazilian adults and associated factors. In addition, potential effect modifiers of the association between PA and age were investigated. METHODS We have analyzed data from 8,736 participants (92.8%) aged 50 and older from the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil). Physical activity was measured using the short version of the International Physical Activity Questionnaire. The outcome variable was defined as at least 150 minutes of weekly activities in all domains. The exploratory variables were age, sex, education, ethnicity, marital status, number of chronic diseases and medical appointments, and knowledge about or participation in public programs that encourage physical activity. Logistic regression and estimates of predicted probabilities were performed. RESULTS The prevalence of recommended levels of physical activity was 67.0% (95%CI 64.3-69.5). Physical activity was associated with age [odds ratio (OR) = 0.97; 95%CI 0.96-0.98], higher educational level (OR = 1.27; 95%CI 1.11-1.45 for 4-7 years and OR = 1.52; 95%CI 1.28-1.81 for eight years or more), participants who were married/ in a long term relationship (OR = 1.22; 95%CI 1.08-1.38), and those who reported knowledge about (OR = 1.34; 95%CI 1.16-1.54) or participation in (OR = 1.78; 95%CI 1.34-2.36) a program aimed at the practice of physical activity. Women and those with lower educational level (p value for interaction < 0.05) reported lower physical activity levels. CONCLUSIONS In addition to the association with marital status and health promotion programs, there were significant sex and educational level inequalities in physical activity decline later in life. These findings help the identification of groups more vulnerable to decreased physical activity levels with aging, as well as the planning of health promotion strategies, especially in older groups.


RESUMO OBJETIVO Descrever a prevalência da prática de atividade física entre adultos mais velhos brasileiros e os fatores associados a essa prática, além de identificar potenciais modificadores de efeito para a associação entre atividade física e idade. MÉTODOS Foram analisados dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), compreendendo 8.736 indivíduos (92,8%) com 50 anos ou mais. A atividade física foi aferida pela versão reduzida do Internati onal Physical Activi ty Questionnaire . A variável desfecho foi a prática de pelo menos 150 minutos de atividades semanais em todos os domínios. As variáveis exploratórias foram idade, sexo, escolaridade, cor da pele, estado conjugal, número de doenças crônicas e consultas médicas, e conhecer ou participar de programas públicos de incentivo à atividade física. As análises foram baseadas na regressão logística e nas estimativas de probabilidades preditas. RESULTADOS A prevalência de atividade física nos níveis recomendados foi de 67,0% (IC95% 64,3-69,5). A atividade física apresentou associação significativa com idade (OR = 0,97; IC95% 0,96-0,98) e foi mais comum na população com maior escolaridade (OR = 1,27; IC95% 1,11-1,45 para 4-7 anos e OR = 1,52; IC95% 1,28-1,81 entre aqueles com oito anos ou mais), entre os casados ou em união estável (OR = 1,22; IC95% 1,08-1,38) e entre aqueles que relataram conhecer (OR = 1,34; IC95% 1,16-1,54) ou participar (OR = 1,78; IC95% 1,34-2,36) de algum programa de incentivo à prática de atividade física. A redução da atividade física com a idade foi mais acentuada entre as mulheres e entre aqueles com menor escolaridade (valor de p para interação < 0,05). CONCLUSÕES Além da associação com estado conjugal e programas de promoção da saúde, foi possível observar uma importante desigualdade em relação ao gênero e escolaridade na redução da atividade física com a idade. Esse conhecimento permite caracterizar grupos mais vulneráveis à redução da atividade física com o envelhecimento e contribui para o planejamento de ações de promoção da saúde, sobretudo nas faixas etárias mais velhas.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Exercise , Socioeconomic Factors , Brazil , Prevalence , Longitudinal Studies , Age Factors , Health Promotion , Middle Aged
12.
Rev. saúde pública (Online) ; 52(supl.2): 8s, 2018. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-979034

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To assess the prevalence and factors associated with cost-related underuse of medications in a nationally representative sample of Brazilians aged 50 years and over. METHODS Among the 9,412 participants of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), 6,014 reported using at least one medication on regular basis and were included in the analysis. Underuse of medications was by stopping taking or reducing the number of tablets or the dose of any prescribed medication for financial reasons. The theoretical framework used for the selection of the exploratory variables included predisposing factors, enabling factors, and factors of need. Associations were tested by Poisson regression. RESULTS The prevalence of underuse of medications was 10.6%. After adjustments for relevant covariables, positive and statistically significant associations (p < 0.05) with the outcome were found for females [prevalence ratio (PR) = 1.39], sufficiency of the family income for expenses (PR = 1.74 for sometimes and PR 2.42 for never), frequency with which the physician explains about the disease and treatment (PR = 1.31 for rarely or never), number of medications used (PR = 1.39 for 2-4 and 1.53 for 5 or more), fair (PR = 2.02) and poor or very poor self-rated health (PR = 2.92), and a previous medical diagnosis of depression (PR = 1.69). Negative associations were observed for the age groups of 60-79 years (PR = 0.75) and 80 years and over (PR = 0.43), socioeconomic status of the household (PR = 0.70, 0.79, and 0.60 for the second, third, and fourth quartile, respectively), and private health plan coverage (PR = 0.79). There were no associations between hypertension and self-reported diabetes and underuse of medications. CONCLUSIONS Cost-related underuse of medications is multidimensional and complex, and it covers socio-demographic characteristics, health conditions, and the use of health services. The explanation about the disease and its treatment to the patient and the expansion of the universal access to pharmaceutical care can minimize the risks of underuse.


RESUMO OBJETIVO Determinar a prevalência e os fatores associados à subutilização de medicamentos por motivos financeiros em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos ou mais. MÉTODOS Entre 9.412 participantes do Estudo Longitudinal sobre a Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), 6.014 informaram usar medicamento(s) de uso contínuo e foram incluídos na análise. A subutilização de medicamentos foi definida como ter, por motivos financeiros, deixado de tomar ou ter diminuído o número de comprimidos ou a dose de algum medicamento receitado pelo médico. O marco teórico empregado para a seleção das variáveis exploratórias incluiu fatores predisponentes, capacitantes e de necessidade. As associações foram testadas por meio de regressão de Poisson. RESULTADOS A prevalência de subutilização de medicamentos foi de 10,6%. Após ajustes pertinentes, associações positivas e estatisticamente significantes (p < 0,05) com o desfecho foram observadas para o sexo feminino [razão de prevalência (RP) = 1,39]; renda familiar às vezes (RP = 1,74) e nunca (RP = 2,94) suficiente para as despesas; frequência com que o médico explica sobre a doença e tratamento (RP = 1,31 para raramente ou nunca); número de medicamentos utilizados (RP = 1,39 para 2-4 e 1,53 para 5 ou mais); autoavaliação da saúde razoável (RP = 2,02) e ruim ou muito ruim (RP = 2,92); e diagnóstico médico de depressão (RP = 1,69). Associações negativas foram observadas para idade igual a 60-79 (RP = 0,75) e 80 anos ou mais (RP = 0,43), posição socioeconômica do domicílio (RP = 0,70; 0,79 e 0,60 para o segundo, terceiro e quartil superior) e cobertura por plano privado de saúde (RP = 0,79). Não foram observadas associações entre hipertensão e diabetes autorreferidos e subutilização de medicamentos. CONCLUSÕES A subutilização de medicamentos por motivos financeiros tem caráter multidimensional e complexo, abrangendo características sociodemográficas, de condições de saúde e de utilização de serviços de saúde. Esclarecer ao paciente sobre a doença e o seu tratamento, e ampliar o acesso universal à assistência farmacêutica, podem minimizar os riscos da subutilização.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged, 80 and over , Drug Utilization/economics , Medication Adherence/statistics & numerical data , Socioeconomic Factors , Brazil , Prevalence , Cross-Sectional Studies , Risk Factors , Longitudinal Studies , Drug Utilization/statistics & numerical data , Middle Aged
13.
Rev. bras. epidemiol ; 20(1): 57-69, Jan.-Mar. 2017. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-843734

ABSTRACT

RESUMO: Objetivo: Investigar a prevalência e os fatores associados ao uso de psicofármacos entre idosos. Métodos: O estudo, realizado em 2003, baseou-se no Inquérito de Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Participaram do estudo 1.635 idosos (60 anos ou mais) residentes nos municípios da RMBH, selecionados por meio de amostra probabilística complexa. Modelos de regressão logística foram utilizados para identificar os fatores associados ao uso de psicofármacos, considerando o nível de significância de 5,0%. Resultados: A prevalência de uso de psicofármacos foi de 13,4%, sendo 8,3% para uso de benzodiazepínicos e 5,0% para antidepressivos. Os fatores independentemente associados ao uso de psicofármacos foram sexo feminino (OR = 2,20; IC95% 1,49 - 3,27), relato de diagnóstico médico para depressão (OR = 6,42; IC95% 4,31 - 9,55), ter realizado 5 ou mais consultas médicas nos últimos 12 meses (OR = 2,15; IC95% 1,32 - 3,53) e afiliação a plano de privado saúde (OR = 2,69; IC95% 1,86 - 3,88). Conclusão: A prevalência observada foi semelhante ao verificado entre idosos brasileiros e o padrão de associações detectado foi consistente com o observado em populações idosas de países de maior renda, sendo o relato de diagnóstico médico para depressão o fator mais fortemente associado ao uso de psicofármacos.


ABSTRACT: Objective: Investigating the prevalence of psychotropic drug use among older adults and factors associated with it. Methods: This study was based on the Belo Horizonte Metropolitan Area Health Survey, conducted in 2003. It involved 1,635 elderly (60 years or older) citizens, who were residents of cities within the Belo Horizonte Metropolitan Area and were selected using complex randomize sampling. Logistic regression models were used to identify factors associated with psychotropic drug use, with a 5.0% significance level. Results: The prevalence of psychotropic drug use in the sample was 13.4%; specifically, 8.3% of individuals surveyed used benzodiazepines, whereas 5.0% used antidepressants. The following factors were independently associated with the use of psychotropic drugs: female gender (OR = 2.20; 95%CI 1.49 - 3.27), medical diagnosis of depression (OR = 6.42; 95%CI 4.31 - 9.55), 5 or more medical appointments in the last 12 months (OR = 2.15; 95%CI 1.32 - 3.53), and subscription to private health insurance (OR = 2.69; 95%CI 1.86 - 3.88). Conclusion: The prevalence observed was similar to the one verified in other elderly Brazilian populations and the pattern of associated factors was consistent with the one detected for older populations of higher-income countries. Medical diagnosis of depression was the factor most strongly associated with psychotropic drug use.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged, 80 and over , Psychotropic Drugs/therapeutic use , Drug Utilization/statistics & numerical data , Brazil , Cross-Sectional Studies , Depression , Middle Aged
14.
Rev. bras. epidemiol ; 19(3): 471-483, Jul.-Set. 2016. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-829892

ABSTRACT

RESUMO: Objetivo: Estimar a prevalência da incapacidade funcional e sua associação com o capital social entre idosos residentes na comunidade. Metodologia: O estudo foi baseado nos dados do Segundo Inquérito de Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte - 2010, coletados junto a 1.995 idosos residentes em comunidade, amostrados probabilisticamente. A exposição de interesse foi o capital social, considerando os itens confiança na vizinhança, percepção do ambiente físico, sensação de coesão ao bairro de moradia e percepção de ajuda. Foram consideradas na análise, com o propósito de ajustamento, variáveis sociodemográficas, descritoras de condições de saúde e de utilização de serviços de saúde. Resultados: Cerca de 1/3 dos participantes (32,6%) apresentou-se incapaz para pelo menos uma das atividades instrumentais de vida diária (AIVD) e/ou atividades básicas de vida diária (ABVD); a prevalência da incapacidade para ABVD/AIVD foi de 18,1% e da incapacidade exclusiva para AIVD foi de 14,6%. Os idosos incapazes para AIVD e para AIVD/ABVD apresentaram chances mais elevadas de pior capital social, mas apenas o elemento de sensação de coesão ao bairro de moradia mostrou-se independentemente associado à incapacidade funcional (OR = 1,80; IC95% 1,12 - 2,88). Conclusões: Nossos resultados evidenciaram a importância do capital social na investigação dos fatores associados à incapacidade funcional e apontam para a necessidade de que outras políticas públicas sejam implementadas, nas áreas social e ambiental, visto que as necessidades dos idosos demandam medidas que vão além daquelas próprias do setor saúde.


ABSTRACT: Objective: To assess the prevalence of disability and its association with social capital among community-dwelling elderly. Methods: The study was based on 2nd Health Survey of Belo Horizonte Metropolitan Region - 2010, that included 1,995 community-dwelling elderly, randomly sampled. The exposure of interest was social capital, measured by confidence in neighborhood, perception of the physical environment, sense of cohesion in housing, and neighborhood perception of help. Socio-demographic variables, health conditions and use of health services were considered in the analysis with the purpose of adjustment. Results: Approximately one third of participants (32.6%) were unable to at least one instrumental activity of daily living (IADL) and/or basic activity of daily living (ADL); the prevalence of disability in ADL/IADL was 18.1%, and only in IADL was 14.6%. Elderly with functional disabilities had higher odds of poor social capital, but only the sense of cohesion in housing neighborhood showed to be independently associated with functional disability (OR = 1.80; 95%CI 1.12 - 2.88). Conclusions: Our results show the importance of social capital in research on associated factors of functional disability and indicate the need to implement public policies for social and environmental areas, since the needs of the elderly require measures beyond those typical of the health sector.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Activities of Daily Living , Disabled Persons/statistics & numerical data , Independent Living , Social Capital , Brazil , Cross-Sectional Studies
15.
Braz. J. Psychiatry (São Paulo, 1999, Impr.) ; 38(3): 183-189, July-Sept. 2016. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-792757

ABSTRACT

Objective: To investigate the moderating effect of an increasing number of clustered metabolic syndrome (MetS) components on the association between MetS and depressive symptoms in a population-based cohort of older adults in Brazil. Methods: This analysis used data from the Bambuí Cohort Aging Study. Participants in this cross-sectional study comprised 1,469 community-dwelling older people aged ≥ 60 years. Analyses were performed to assess both the association between depressive symptoms and each individual MetS component and the association between depressive symptoms and clustering of an increasing number of MetS components. Results: High triglyceride level was the individual component that showed the strongest association with depressive symptoms (odds ratio [OR]: 1.47; 95% confidence intervals [95%CI] 1.19-1.81; p < 0.0001). Only the presence of three MetS components was associated with depressive symptoms (OR = 1.53; 95%CI 1.05-2.23; p = 0.025). No graded association was detected between increasing number of clustered MetS components and depressive symptoms. Conclusions: Increasing the number of MetS components did not impact the association with depressive symptoms. The association between high triglyceride level and depressive symptoms highlights the relevance of lipid metabolism abnormalities for the emergence of depressive symptoms in older adults.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Metabolic Syndrome/physiopathology , Depression/physiopathology , Psychiatric Status Rating Scales , Psychotropic Drugs/therapeutic use , Brazil , Cluster Analysis , Cross-Sectional Studies , Prospective Studies , Risk Factors , Analysis of Variance , Cognition Disorders/physiopathology , Metabolic Syndrome/complications , Depression/complications , Waist Circumference , Life Style , Middle Aged
16.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 32(2): e00080115, 2016. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-952255

ABSTRACT

Abstract Numerous studies have associated the apolipoprotein E (apoE) ε4 allele with worse health status, but few have assessed the existence of genotype-dependent variations in functional performance. Among participants in the Bambuí Health and Aging Study, Minas Gerais State, Brazil, 1,408 elderly underwent apoE genotyping. Functionality was assessed with a questionnaire, and individuals were classified as dependent in basic activities of daily living (BADLs), instrumental activities of daily living (IADLs), and mobility. The association between apoE genotype and functional status was assessed by logistic regression, taking confounding factors into account. Presence of ε4 allele was associated with lower odds of mobility deficit (OR = 0.65; 95%CI: 0.47-0.92) in the adjusted analysis. There were no significant differences in relation to presence of dependency in BADLs and IADLs. The reasons are not entirely understood, but they may involve the role of ε4 allele as a "thrifty gene" in a sample exposed to high risk of infectious and nutritional diseases in the past.


Resumo Inúmeros estudos têm associado o alelo ε4 da apolipoproteína E (apoE) com pior condição de saúde, mas poucos avaliaram a existência de variações genótipo-dependentes no desempenho funcional. Entre os participantes da coorte de Bambuí, Minas Gerais, Brasil, 1.408 idosos foram submetidos à genotipagem da apoE. A funcionalidade foi avaliada por questionário, sendo os indivíduos classificados em dependentes para atividades básicas da vida diária (ABVDs), atividades instrumentais da vida diária (AIVDs) e mobilidade. A associação entre o genótipo da apoE e o estado funcional foi avaliada pela regressão logística, considerando variáveis de confusão. A presença do alelo ε4 foi associada a uma menor chance de déficit na mobilidade (OR = 0,65; IC95%: 0,47-0,92), na análise ajustada. Não houve diferenças significativas em relação à presença de incapacidades em ABVDs e AIVDs. Os motivos não estão completamente compreendidos, mas podem envolver o seu papel como um "thrifty gene" em uma amostra exposta a um risco elevado de doenças infecciosas e nutricionais no passado.


Resumen Innumerables estudios han asociado el alelo ε4 de la apolipoproteína E (apoE) con una peor condición de salud, pero pocos evaluaron la existencia de variaciones genotipo-dependientes en el desempeño funcional. Entre los participantes de la cohorte de Bambuí, Minas Gerais, Brasil, 1.408 ancianos fueron sometidos a una determinación del genotipo de la apoE. La funcionalidad fue evaluada por cuestionario, siendo los individuos clasificados en: dependientes para actividades básicas de la vida diaria (ABVDs), actividades instrumentales de la vida diaria (AIVDs) y movilidad. La asociación entre el genotipo de la apoE y el estado funcional fue evaluada por regresión logística, considerando variables de confusión. La presencia del alelo ε4 fue asociada a una menor probabilidad de déficit en la movilidad (OR = 0,65; IC95%: 0,47-0,92) en el análisis ajustado. No hubo diferencias significativas en relación con la presencia de incapacidades en ABVDs y AIVDs. Los motivos no están completamente claros, pero pueden están involucrados por su papel como un "thrifty gene" en una muestra expuesta a un riesgo elevado de enfermedades infecciosas y nutricionales en el pasado.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Polymorphism, Genetic/genetics , Activities of Daily Living , Mobility Limitation , Apolipoprotein E4/genetics , Brazil , Cohort Studies , Disability Evaluation , Genotype
17.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 20(12): 3797-3804, Dez. 2015. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-770636

ABSTRACT

Abstract This study examined the factors associated with antidepressant use among community-dwelling elderly individuals. Data collected from the Bambuí Project, a population-based study on aging and health with a cohort of 1,606 elderly individuals, were used. Gender, age, education, marital status, household income and cohabitation status were the sociodemographic characteristics investigated. Health conditions included self-reported health, number of chronic diseases, depressive symptoms, cognitive impairment and functional disability. Poisson regression with robust variance was used to test associations and to estimate prevalence ratios with 95% confidence intervals. The prevalence of antidepressant use was 8.4%. After multivariate analysis, antidepressant use was associated with the female gender (PR = 2.96; 95%CI 1.82-4.81), being single or divorced (PR = 0.48; 95%CI 0.25-0.91), cognitive impairment (PR = 0.44; 95%CI 0.24-0.84) and worse self-reported health (poor/very poor) (PR=1.86; 95%CI 1.11-3.10). The results are similar to those observed in several other studies conducted in higher-income countries and suggest that self-reported health in the elderly population of Bambuí is a key factor in the decision to use antidepressants.


Resumo O estudo investigou os fatores associados ao uso de antidepressivos junto a população idosa residente em comunidade. Foram utilizados dados coletados de 1.606 integrantes da coorte idosa do Projeto Bambuí, um estudo de base populacional sobre envelhecimento e saúde. As características sociodemográficas incluíram sexo, idade, escolaridade, situação conjugal, renda familiar e coabitação. As condições de saúde incluíram autoavaliação da saúde, número de doenças crônicas, sintomas depressivos, disfunção cognitiva e capacidade funcional. O modelo de regressão de Poisson foi utilizado para testar as associações e estimar razões de prevalência e respectivos intervalos de confiança de 95%. A prevalência do uso de antidepressivos foi de 8,4%, sendo a amitriptilina o princípio ativo mais utilizado. Após a análise multivariada, o uso de antidepressivo foi associado ao sexo feminino (RP=2,96; 95%CI 1,82-4,81), ser solteiro ou divorciado (RP = 0,48; IC95% 0,25-0,91), disfunção cognitiva (RP = 0,44; IC95% 0,24-0,84) e autoavaliação da saúde (ruim, muito ruim) (RP=1,86; 95%CI 1,11-3,10). Nossos resultados mostraram-se semelhantes aos de estudos desenvolvidos em países de renda elevada e sugerem que a autoavaliação da saúde é o fator-chave na decisão do uso de antidepressivos na população idosa de Bambuí.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Practice Patterns, Physicians'/statistics & numerical data , Depression/drug therapy , Antidepressive Agents/therapeutic use , Brazil , Aging , Prevalence , Cohort Studies , Cognition , Depression/diagnosis
18.
Rev. bras. epidemiol ; 18(3): 578-594, Jul.-Sep. 2015. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-756009

ABSTRACT

OBJECTIVE:

This exploratory study aimed to investigate the predisposing, enabling and health need characteristics associated with lack of medical visits in the last 12 months, among 23,620 elderly hypertensive and/or diabetic individuals.

METHODS:

In this research, we used the theoretical behavioral model of Andersen and Newman for use of health services. The data analyzed were produced by the health supplement of the Brazilian National Household Survey (PNAD) 2008, nationwide. To identify the associations, we used the Poisson regression model, which estimates the prevalence ratios and confidence intervals of 95%, considering the significance level of 5%.

RESULTS:

The results showed that 10.6% of the study population did not consult the doctor in the period considered, and the prevalence was higher among hypertensive subjects (10.5%) than among diabetic ones (7.1%). The lack of medical consultation was negatively associated with female sex and increasing age (predisposing characteristics), with health insurance coverage (enabling characteristic), worse self-rated health, chronic health conditions selected and the presence of hypertension associated with diabetes (health needs), while the fact of living in the Northeast, North and Midwest appeared positively associated with the event under investigation.

CONCLUSION:

These results corroborate those observed in national and international studies and show evidence of inequality and inequity in the use of medical consultation for this population, based on the findings related to health plan coverage and geographic region.

.

OBJETIVO:

O presente estudo, de caráter exploratório, teve como objetivo investigar as características predisponentes, facilitadoras e de necessidades de saúde associadas à não realização de consulta médica nos últimos 12 meses, junto a 23.620 idosos hipertensos e/ou diabéticos.

MÉTODOS:

Nesta investigação, utilizou-se como referencial teórico o modelo comportamental de Andersen e Newman para utilização de serviços de saúde. Os dados analisados foram produzidos pelo Suplemento de Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008, de abrangência nacional. Para identificação das associações, utilizou-se o modelo de regressão de Poisson, que estima razões de prevalências e respectivos intervalos de confiança de 95%, considerando-se o nível de significância de 5%.

RESULTADOS:

Os resultados mostraram que 10,6% da população estudada não consultaram o médico no período considerado, sendo que a prevalência foi maior entre hipertensos (10,5%) do que entre diabéticos (7,1%). A ausência de consulta médica esteve negativamente associada com o sexo feminino e com o aumento da idade (entre as características predisponentes), com a posse de plano de saúde (característica capacitadora), pior autoavaliação de saúde, presença de condições crônicas de saúde selecionadas e presença da hipertensão associada ao diabetes (entre as necessidades de saúde); já o fato de residir nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste apresentou-se positivamente associado ao evento investigado.

CONCLUSÃO:

Esses resultados corroboram o observado em estudos nacionais e internacionais e apontam indícios de desigualdade e iniquidade na utilização da consulta médica pelos idosos hipertensos e/ou diabéticos, a partir dos achados relativos à cobertura por plano de saúde e região geográfica.

.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Diabetes Mellitus/epidemiology , Hypertension/epidemiology , Referral and Consultation , Brazil/epidemiology , Family Characteristics , Prevalence , Health Services
19.
Rev. bras. geriatr. gerontol ; 18(2): 249-258, Mar-Apr/2015.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-754023

ABSTRACT

OBJETIVO: Compreender a percepção e os significados que os idosos atribuem a suas experiências relacionadas ao uso prolongado de benzodiazepínicos. MÉTODOS: Trabalho de abordagem qualitativa, de cunho antropológico, realizado junto a idosos participantes do Projeto Bambuí, estudo de base populacional sobre as condições de saúde da população idosa, realizado na cidade de Bambuí-MG. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 22 idosos, sem comprometimento cognitivo e residentes na cidade de Bambuí-MG, que relataram uso de medicação benzodiazepínica. RESULTADOS: No grupo pesquisado, o uso de benzodiazepínicos foi compatível com a definição de "padrão de uso crônico", variando de seis meses a 40 anos, sendo o medicamento mais utilizado o Clonazepam. A coleta e análise dos dados foram guiadas pelo modelo de signos, significados e ações. Emergiram como categorias: a utilização de um remédio "muito bom"; o remédio bom que "parece que vicia"; a (des)obediência à prescrição médica; e o alívio. CONCLUSÃO: Os idosos entrevistados justificam o uso crônico de benzodiazepínicos como um paliativo para lidar com dificuldades existenciais decorrentes de situações culturais, sociais e familiares, as quais precisam ser abordadas nos serviços de saúde.


OBJECTIVE: To understand the perception and meanings that elderly give to their experiences as related to prolonged use of benzodiazepines. METHODS: Using an anthropological qualitative methodology of qualitative approach, the study was conducted among elderly participants in the Bambuí Project, a population-based study on the health status of the elderly, in the city of Bambuí, Minas Geraisstate, Brazil. Semi-structured interviews were conducted with 22 elderly without cognitive impairment and residents in Bambuí-MG, who reported use of benzodiazepines. RESULTS: In the study group, the use of benzodiazepines was compatible with the definition of "pattern of chronic use", ranging from 6 months to 40 years, and the most used drug was Clonazepam. The collection and analysis were guided by the model of signs, meanings and actions. These categories emerged: use of a "very good" drug; the good medicine that "seems addictive"; (dis)obedience to the prescription; and relief. CONCLUSION: The elderly respondents justify the chronic use of benzodiazepines as a palliative to deal with existential difficulties arising from cultural, social and family situations, which need to be addressed in the health services.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged , Aging , Anti-Anxiety Agents , Benzodiazepines , Health of the Elderly
20.
Rev. saúde pública ; 48(6): 866-872, 12/2014.
Article in English | LILACS | ID: lil-733278

ABSTRACT

OBJECTIVE To analyze the perception of and motivation for the chronic use of benzodiazepine among older adults. METHODS A qualitative study was conducted on 22 older adults living in Bambuí, MG, Southeastern Brazil, who were taking benzodiazepines and had the clinical and cognitive ability to respond to interview questions. The collected data were analyzed on the basis of the “signs, meanings, and actions” model. RESULTS The main reasons pointed out for the use of benzodiazepines were “nervousness”, “sleep problems”, and “worry” due to family and financial problems, everyday problems, and existential difficulties. None of the interviewees said that they used benzodiazepines in a dose higher than that recommended or had been warned by health professionals about any risks of their continuous use. Different strategies were used to obtain the prescription for the medication, and any physician would prescribe it, indicating that a bond was established with the drug and not with the health professional or healthcare service. Obtaining and consuming the medication turned into a crucial issue because benzodiazepine assumes the status of an essential food, which leads users to not think but sleep. It causes a feeling of relief from their problems such as awareness of human finitude and fragility, existential difficulties, and family problems. CONCLUSIONS Benzodiazepine assumes the characteristics of polyvalence among older adults, which extrapolate specific clinical indications, and of essentiality to deal with life’s problems in old age. Although it relieves the “nerves”, the chronic use of benzodiazepines buffers suffering and prevents older adults from going through the suffering. This shows important difficulties in the organization and planning of strategies that are necessary for minimizing the chronic use in this population. .


OBJETIVO Analisar a percepção e motivação do uso crônico de benzodiazepínicos entre idosos. MÉTODOS Estudo qualitativo desenvolvido com 22 idosos residentes em Bambuí, MG, sob uso de medicação benzodiazepínica e em condições clínicas e cognitivas para responder à entrevista. Os dados coletados foram analisados com base no modelo de “signos, significados e ações”. RESULTADOS As principais razões apontadas para o uso dos benzodiazepínicos foram “nervosismo”, “problemas de sono” e “preocupação”, decorrentes de problemas familiares, financeiros, dificuldades cotidianas e existenciais. Nenhum dos entrevistados referiu utilizar benzodiazepínicos acima das doses recomendadas nem foi alertado pelos profissionais acerca de quaisquer riscos sobre o seu uso continuado. Houve diversidade de estratégias na obtenção da prescrição do medicamento e qualquer médico fornecia a receita, o que indica que o vínculo é estabelecido com o medicamento e não com o profissional ou serviço de saúde. A obtenção e o consumo do medicamento tornam-se uma questão crucial, pois o benzodiazepínico assume a importância de um alimento essencial, que lhes permite não pensar e dormir. Oferece um alívio dos seus problemas, que incluem a consciência da finitude e da fragilidade humanas, dificuldades existenciais e familiares. CONCLUSÕES O benzodiazepínico assume características de polivalência entre os idosos, que extrapolam as indicações clínicas mais precisas, e de essencialidade para lidar com problemas da vida na velhice. Embora alivie o “nervoso”, o uso crônico de benzodiazepínicos tampona o sofrimento e impede a pessoa idosa de enfrentar o que ele representa. ...


Subject(s)
Aged , Aged, 80 and over , Female , Humans , Male , Anxiety/drug therapy , Benzodiazepines/therapeutic use , Sleep Wake Disorders/drug therapy , Benzodiazepines/classification , Brazil , Drug Prescriptions , Self-Assessment , Socioeconomic Factors
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL